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Categoria Pai: Notícias
Unidade em Volta Redonda incentiva a doação por meio da Cihdott (Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes)
 


O Hospital São João Batista realizou a primeira captação de órgãos para transplante na madrugada de quinta-feira, dia 13, para sexta-feira, dia 14. O incentivo à doação na unidade em Volta Redonda é de responsabilidade da Cihdott (Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes) que atua com equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, psicólogo e assistente social.



O prefeito Samuca Silva acredita que o incentivo à doação de órgãos e as ações de esclarecimento com as famílias passam pela necessidade de ajudar outras pessoas. “A doação de órgãos é uma questão de humanidade”, afirmou.



Após receber a notícia de morte encefálica pela equipe da Cihdott, a família autorizou a retirada dos órgãos para transplante. O homem, de 55 anos, sofreu um acidente, uma queda da própria altura, que o levou à morte encefálica. De acordo com o diretor Médico do Hospital São João Batista, Caio Larcher, foram captados dois rins e o fígado. “Esses órgãos já saíram do hospital e retiraram três pessoas da fila de espera por transplante”, falou. 



A diretora Geral da Associação Filantrópica Nova esperança (AFNE), organização social que administra a unidade, Carla Paixão, afirma que o incentivo à doação de órgãos é uma política do hospital. “Reconhecemos a importância do trabalho da Cihdott, principalmente por saber que cada doador pode beneficiar até oito pessoas”, lembrou.



O Hospital São João Batista ainda é sede do Banco de Tecido Ocular, que atende 34 municípios da região. E neste caso, cada doador pode beneficiar até quatro pessoas.



Em dezembro passado, o hospital contabilizou duas autorizações para doações de órgãos. Na ocasião, a equipe da Cihdott também seguiu o protocolo. É função dos profissionais que compõem a comissão notificar todos os pacientes no quadro de morte encefálica atendidos pelo Hospital São João Batista. Nesses casos é possível a coleta de órgãos para doação, mediante autorização da família. Após os procedimentos, os órgãos vão para o PET (Programa Estadual de Transplante), que gerencia todo o processo no Estado do Rio de Janeiro.



O objetivo da Cihdott é justamente eliminar as principais causas da não captação de órgãos, como a falta de esclarecimento sobre os procedimentos, o conflito de opiniões entre os familiares, a manifestação contrária à doação ainda em vida pelo paciente e a demora na liberação do corpo.


 
Por Renata Borges com fotos de arquivo – Secom/VR