Debate aconteceu nesta terça-feira, 14, no auditório da Biblioteca Municipal com a participação de servidoras e gestoras públicas

 

A Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos (SMDH) de Volta Redonda promoveu na manhã desta terça-feira, dia 14, das 8h30 às 12h, o fórum de debate com o tema “Saúde Mental e Produtividade”, no auditório da Biblioteca Municipal Raul de Leoni, na Vila Santa Cecília. Este foi o primeiro fórum de debate de 2024 para as servidoras e gestoras públicas sobre o tema, e que recebeu adesão total no comparecimento no auditório. A atividade trouxe à tona a realidade de muitas mulheres que, além do trabalho em casa, vivem o dia a dia do mercado profissional em jornadas duplas.

O “Debate sobre Saúde Mental e Produtividade” teve os temas: Definição de saúde mental no trabalho; Como a saúde mental influencia a produtividade; Conflitos no ambiente de trabalho; Isolamento social no trabalho; Discriminação racial e de gênero e assédio no trabalho; Autoconhecimento e identificação de sintomas.

A mesa principal do debate contou com a participação da delegada titular da Deam-VR (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Volta Redonda), Juliana Montes, assessora Patrícia Xavier, do Núcleo de Assessoramento e Capacitação Técnica da Superintendência de Articulação Institucional e Políticas Transversais, da Secretaria de Estado da Mulher – que esteve representando a secretária estadual da Mulher, Heloísa Aguiar.

Também estiveram presentes a psicóloga organizacional Ruth Pereira, especialista em diversidade, com atuação no combate ao assédio no ambiente de trabalho; a psicóloga (há 12 anos) Juliana de Magalhães, tendo como abordagem clínica a Terapia Cognitivo Comportamental e a hipnoterapia, especialização em TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) e disfunções sexuais.

O evento contou ainda com a educadora Edna Candida Quintino –especialista em Educação Permanente Multiprofissional em Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul; o médico endocrinologista e fisiologista Júlio Mazzeo, que atua na área da medicina que é responsável por diagnosticar e tratar doenças relacionadas com os hormônios e o metabolismo.

O debate

Edna Quintino apresentou a definição de produtividade como “a capacidade da pessoa realizar o máximo de trabalho com o mínimo de recursos necessários, a busca pela otimização que nos acompanha em nossas vidas pessoais dentro das empresas”, e fez uma reflexão a respeito, pois a definição traz um conceito de realizar o máximo com o mínimo, fez ainda ouras ressalvas:

“No século XXI, as modificações para lidar com o trabalho a partir do uso de celulares, computadores conectados na internet, nos faz pensar que nos tornamos eficientes. Mas o que houve foi o aumento das demandas e solicitações. Tudo isto aponta para o modo de estar e ser no mundo que impedem as pessoas de viver de modo autêntico, comprometendo significativamente a sua qualidade de vida. As pessoas precisam de afeto, valorização profissional, direitos, bons salários, relacionamento pessoal num bom ambiente de trabalho e, perspectiva de futuro”, resumiu.

A delegada da Deam-VR, Juliana Montes, se mostrou honrada do convite em participar e agradeceu à Secretaria Municipal da Mulher e Direitos Humanos pela oportunidade de falar da sua vida, os diversos papéis que assume e enfrenta como mulher e profissional, os sacrifícios da profissão das policiais e delegadas, que representam 30% do efetivo no Estado do Rio de Janeiro e sobre os crimes de assédios em que já atuou.

“A classe policial é a mais adoecida do mundo por causa da natureza do seu trabalho porque o crime exerce um fator psicológico muito forte, mesmo tendo natureza social também. Mas é preciso cuidar de quem cuida e aqui estão as melhores profissionais, na mesa, capacitadas para cuidar das pessoas. O profissional de saúde mental recebe uma carga emocional muito grande. Eu posso ajudar na Deam aplicando a lei, buscando a medida protetiva para a mulher que sofre violência. A Deam tem uma psicóloga do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam), que faz o acolhimento às mulheres que denunciam os agressores e nos ajudam bastante. Mas a polícia não resolve nada sozinha”, comparou.

“Sejamos atentas à nossa saúde mental para que possamos melhor contribuir para a família, para a sociedade e nos tornar a cada dia uma pessoa melhor”, concluiu a delegada Juliana Montes.

Fotos de divulgação – Secom/PMVR.

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