Mais de cem artistas da região ocuparam cinco palcos na Vila Santa Cecília entre sexta-feira e sábado, dias 26 e 27
Volta Redonda sediou neste fim de semana, ainda em comemoração aos 65 anos do município, completados no último dia 17 de julho, a primeira Virada Cultural. Pautado pela diversidade, o evento reuniu música, dança, literatura, artes plásticas, cinema, artesanato, teatro, além de atividades de lazer para as crianças em cinco palcos na Vila Santa Cecília. A Virada, realizada em parceria pela Prefeitura de Volta Redonda, Gacemss e Fundação CSN, começou ao meio-dia e meia de sexta-feira, dia 26, e só terminou às 23h do sábado, dia 27, com programação gratuita para a população.
Na sexta-feira, dia 26, teve exposição de arte, apresentação da Banda Municipal e do Grupo de Trompetistas e saxofonistas do projeto Volta Redonda Cidade da Música, Show de Talentos com estudantes da Fevre, além de shows musicais, espetáculo de dança e cinema. As atividades começaram ao meio-dia e meia e encerraram a 1h30 de sábado, dia 27.Tudo em dois palcos na Praça Rotary, no Teatro Gacemss, no Memorial Zumbi e no teatro do Centro Cultural Fundação CSN.
A Virada Cultural retomou as atividades às 9h de sábado, dia 27, com apresentação da Fanfarra da Terceira Idade, que percorreu a Rua 14, na Vila, convidando as pessoas a participarem do evento. Os trinta componentes e seus instrumentos chamaram atenção de quem passava pelo centro comercial na manhã de sábado.
Armando Vieira estava com a mulher Tatiana e o filho Matheus, de três anos, e parou para acompanhar a música. “O Matheus ficou encantado com a música e com os instrumentos. Tivemos que parar para acompanhar a fanfarra”, disse Armando.
Dona Maria Alice de Moura, moradora do bairro há quase 50 anos, aprovou a iniciativa de fazer um final de semana de atrações culturais na Vila. “A Vila tem um histórico de sediar as principais atividades culturais do município. Até o desfile de Carnaval era aqui. É muito bom ver as coisas acontecendo aqui novamente”, falou.
E as atrações do sábado, dia 27, foram até às 23h. Teve música indígena, pagode gospel, grafite, manifestações da cultura afro-brasileira – capoeira, roda de jongo e outras, teatro, baile charme, além de feira de artesanato e brinquedos para as crianças.
Ingrid Moreira Lessa, moradora do Belo Horizonte, estava com a sobrinha Maysa, de quatro anos, e aproveitou o início da tarde de sábado, dia 27, na Virada Cultural. “Enquanto ela aproveita os brinquedos, posso curtir um pouco de música”, disse.
Quem também aprovou a realização da Virada Cultural foram os artistas que se apresentaram no evento. Eduardo André Lourenço, do grupo Muílo, de dança afro-brasileira, com inspiração em religiões de matriz africana, disse que essa era uma oportunidade de mostrar o trabalho para um público diversificado. “Quando há diversidade nas atrações, o público também é variado e, assim podemos divulgar nosso trabalho para pessoas que talvez não fossem nosso público esperado”, acredita.
Rodrigou Souza Araújo, que é contrabaixista do grupo de pagode gospel Renúncia, mas tocou surdo na Virada Cultural, endossou as palavras do colega. “Tocar num palco de praça, de graça para a população, é a realização para qualquer artista. Parabenizamos os organizadores pela iniciativa e agradecemos a oportunidade de participar”, falou.
A secretária de Cultura de Volta Redonda, Aline Ribeiro, também agradeceu a participação dos artistas que se envolveram desde a concepção do evento e fizeram a Virada acontecer. “Reunimos mais de cem artistas da região. Alguns eram voluntários, mas a maioria foi contratada pelo chamamento público realizado pela secretaria”, explicou Aline.
Ela acrescentou que o evento foi um sucesso, mostrou para o público a diversidade cultural da nossa cidade e região. “Em novembro, mês da cultura – no dia 05 é comemorado o Dia da Cultura – vamos realizar outra atividade similar à Virada Cultural para festejar junto com a população”, contou.
O prefeito do município, Samuca Silva, disse que a Virada Cultural contribuiu para que a população ocupasse espaços públicos que só existem para esse fim. “É obrigação do poder público a realização de eventos que promovam cultura, garantindo diversão gratuita para pessoas de todas as idades e abrindo espaço para os artistas regionais. As praças e áreas de lazer são da comunidade e devem ser ocupadas por elas”, falou Samuca.