Prefeito anunciou a implantação do primeiro mercado público de orgânicos do Estado do Rio e incentivos para produtores do município

 

O prefeito Samuca Silva abriu a V Conferência Municipal de Segurança Alimentar de Volta Redonda, na manhã desta quarta-feira, dia 24, anunciando investimentos e lembrando as conquistas do município para o setor. Ele falou da implantação do primeiro mercado público de orgânicos do Estado do Rio de Janeiro, que vai funcionar no Aterrado, e contou, em primeira mão, sobre a disponibilização de 100 mil metros de terra pertencentes à Cohab (Companhia de Habitação) de Volta Redonda, entre os bairros Açude e Santa Rita de Cássia, para produtores locais.

 

“Essas medidas vão se somar a uma série de políticas públicas já implantadas em Volta Redonda para a promoção da segurança alimentar. Hoje, 30% dos alimentos servidos na merenda escolar são comprados do produtor familiar; reabrimos, com recursos próprios, o Restaurante Popular, que serve 1,5 mil refeições por dia; legalizamos o funcionamento do Banco de Alimentos; e ainda incentivamos a horta comunitária”, enumerou Samuca.

 

Ele acrescentou que apesar da crise econômica, com respeito ao meio ambiente, Volta Redonda vem crescendo e investindo nos serviços públicos. “Criamos um ambiente de negócios para atrair empresas e assim gerar mais empregos e impostos. Além disso, fornecemos mais de 800 alvarás para ambulantes e formalizamos o trabalho dos flanelinhas, garantindo renda para essas pessoas. É assim que se põe comida na mesa da população”, disse.

 

O vice-prefeito e presidente da Cohab, Maycon Abrantes, lembrou que combater a insegurança alimentar é um dever de todos. “A sociedade civil, entidades beneficentes e representantes do governo devem se envolver na discussão”, acredita.

 

O secretário de Ação Comunitária, Marcus Vinicius Convençal, afirmou que sua equipe trabalha na manutenção dos equipamentos para garantir a segurança alimentar no município, “mas a participação popular é fundamental para aperfeiçoar essas políticas públicas”, disse.

 

A superintendente de Segurança Alimentar do Estado do Rio, Luiza Trabuco, que também é secretária executiva do Caisans (Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional) do estado, elogiou a postura do prefeito Samuca e a equipe do governo em relação à segurança alimentar no município. “Somente com o fortalecimento do conselho municipal, alcançamos a participação maciça da sociedade na conferência. E é em dias de discussão como esse que ajudamos a garantir o direito humano à alimentação adequada”, afirmou.

 

O presidente do Conselho Municipal de Segurança Alimentar (Consea), Willian Ferreira de Carvalho, afirmou que a conferência une pessoas com objetivos comuns e organizar essas ideias é um dos papéis do conselho. “Volta Redonda está à frente de muitas cidades em relação à segurança alimentar. Uma meta agora é implantar cozinhas experimentais para dar cursos nas comunidades”, falou.

 

Também participaram da mesa de abertura da conferência a coordenadora do curso de Nutrição do UGB – Barra do Piraí, Aline Malet, e o pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação do UniFOA (Centro Universitário de Volta Redonda), Aldem dos Santos Neves. “A participação das instituições de ensino e seus estudantes é fundamental na criação de políticas públicas para alimentação e nutrição”, disse Aldem.

 

Os estudantes de Nutrição da UGB-Barra do Piraí, Thallis Vinícius, Lúcia da Silva Rodrigues e Gabriel Henrique, confirmam a afirmação dos professores. “Estamos no segundo período da faculdade e é importante nos familiarizar com as questões de segurança alimentar. Temos muito a aprender, mas também podemos colaborar com ideias novas. Será uma troca de experiências”, acredita Lúcia.

 

Carlos Patrício é da Emater e coordena a agricultura familiar em Volta Redonda. Ele estava no evento e levou mudas de cebolinha, salsa e alface para doação. Já Maria Cecília Gonçalves da Silva, que é presidente da Associação de Moradores do Vista Verde e membro do Conselho de Alimentação Escolar (CAE) afirmou que doa seu tempo e experiência. “O Plano Municipal de Segurança Alimentar é um legado que quero deixar para meus netos”, disse Mª Cecília, de 73 anos.  

 

Após a abertura da conferência, os cerca de 150 representantes da sociedade civil organizada e do poder público, assistiram às palestras “Agricultura Urbana e Periurbana, contribuindo para Segurança Alimentar”, com a agricultora urbana, integrante da Rede Carioca de Agricultura Urbana e conselheira no Consea (Conselho Estadual de Segurança Alimentar) Rio, Bernadete Montesano; e “Situação Atual do CONSEA e seus Desafios”, com a conselheira Estadual de Segurança Alimentar, Telma Castello Branco.

 

Na parte da tarde, o público se dividiu em três grupos para discutir eixos temáticos com objetivo de refletir e elaborar propostas sobre o tipo de alimento que queremos em nossa mesa. Além disso, construir o Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Volta Redonda.

 

Por Renata Borges com fotos de Evandro Freitas – Secom/VR
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