Oficina recebeu três casais candidatos que se inscreveram para acolher menores em situação de risco social por tempo provisório

 

A Secretaria Municipal de Ação Comunitária (Smac), da Prefeitura de Volta Redonda, promoveu na manhã desta segunda-feira, dia 04, a primeira das cinco oficinas de capacitação para a formação de Famílias Acolhedoras que vão receber voluntariamente crianças e adolescentes de 0 a 18 anos incompletos, em situação de risco social, nas residências, por um período temporário. Durante o tempo de acolhimento, as famílias recebem do governo federal um subsidio financeiro de um salário mínimo do Fundo Municipal de Assistência, que deve ser usado exclusivamente nas despesas dos acolhidos.

 

O prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva, justifica a proteção oferecida pelo Poder Público na assistência social. “Embora a retirada de uma criança ou adolescente de perto de seus pais se torne necessária em determinadas vezes, até mesmo para a proteção da vida deles, este é um processo traumático de quebra de vínculos. Fazer isso oferecendo um lar, uma família estruturada e que vai contribuir para acolhê-las, é a maneira mais humanizada e respeitosa que proporcionamos para garantir o bem-estar das crianças com a estrutura necessária. A Prefeitura dá total apoio e, com certeza, este programa tem um significado muito grande para o futuro dessas crianças”, comparou Samuca.

 

A capacitação ocorreu no auditório da Smac e contou com a participação de três casais. O secretário municipal de Ação Comunitária, Aílton Carvalho, disse que o Serviço de Família Acolhedora contempla a política de Assistência Social prevista no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) e completou. “A gente entende a importância desse programa porque os assistidos não ficam em abrigos, mas com as famílias, com quem são tratados com afeição, carinho, respeito, educação e cuidados, sendo acompanhados, inclusive, por uma equipe especializada”, afirmou.

 

A coordenadora do Serviço de Acolhimento da Família Acolhedora da Smac, psicóloga Ana Cláudia Domingues, acrescentou que a principal característica deste serviço como medida protetora é o atendimento humanizado e individualizado para a criança e o adolescente. “O subsidio financeiro pago pelo governo federal não é salário e não pode ser usado nas despesas próprias das casas”, esclareceu.

 

Um dos casais participante da capacitação é composto pelo frentista Edson Rodrigues, 48 anos, e sua esposa, Leila Cristina de Oliveira, do bairro Jardim Belvedere. “Já temos nossos filhos criados e netos, mas a minha esposa queria adotar uma criança e compreendemos que podemos ser muito mais útil participando do Serviço Família Acolhedora. Estamos aproveitando esta oportunidade para ajudar mais de uma criança”, afirmou Edson. 

 

As famílias voluntárias que se inscrevem e são selecionadas passarão por cinco oficinas, com carga horária total de 15 horas, até o dia 18 de novembro.

 

Por Afonso Gonçalves, fotos de Gabriel Borges, Secom
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