Pacientes com deficiência física, visual ou intelectual são encaminhados pelas unidades da Atenção Básica e Hospitais
Implantado há um ano e meio em Volta Redonda, o Centro Especializado em Reabilitação (CER III) atende cerca de seis mil pacientes por mês com deficiência física, visual ou intelectual como crianças e adolescentes com TEA (Transtorno do Espectro Autista) até os 14 anos. A unidade funciona no Estádio Raulino de Oliveira, no Jardim Paraíba, de segunda à sexta-feira, das 7h às 18h, e recebe pacientes referenciados pelas Unidades Básicas de Saúde e pelos hospitais da Rede Municipal.
A coordenadora do CER III, Pollyanna Mazilli, afirmou que Volta Redonda foi credenciada pelo programa federal para atender os 12 municípios do Médio Paraíba. “Trabalhamos com atendimento multidisciplinar e com fornecimento de dispositivos auxiliares (órteses, próteses e mobilidade), quando necessários”, disse.
Ela explicou que o paciente do CER III conta com médicos neurologista, oftalmologista, psiquiatra e pediatra; fonoaudiólogo; fisioterapeuta; psicopedagogo; terapeuta ocupacional; assistente social e enfermeiro. “É um atendimento completo. Os pacientes encaminhados pelos hospitais, normalmente por conta de Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou traumatismo, começam a reabilitação logo após a alta hospitalar, facilitando a recuperação”, contou Pollyanna.
Os pacientes referenciados pela Atenção Básica – com doenças degenerativas, neuromusculares e outras indicações – também têm acesso a todos os profissionais. Eles passam por triagem, avaliação multidisciplinar e são direcionados para a terapia. Quando há necessidade de utilização de dispositivos auxiliares, são encaminhados para o terapeuta ocupacional.
O CER III pode disponibilizar dispositivos auxiliares como muletas, lupas e óculos para os pacientes com problemas visuais e também cadeiras de rodas, de banho, andadores e até cadeiras adaptadas de acordo com critérios avaliados pelos profissionais. “É importante dizer que o paciente contemplado com dispositivos auxiliares e seus familiares são capacitados e acompanhados pelo terapeuta ocupacional para melhor utilização do equipamento”, explicou Pollyanna.
Kátia Nunes Correia, de 41 anos, com paralisia cerebral, foi pela primeira vez ao CER III nesta terça-feira, dia 11. Acompanhada pela mãe, Carlita Nunes da Silva, ela passou pela triagem e foi encaminhada para a terapeuta ocupacional que vai avaliar a necessidade de uma cadeira de rodas adaptada. “O nosso objetivo aqui é dar mais conforto para ela e para mim, que sou responsável pelos cuidados”, disse Carlita.
O secretário de Saúde de Volta Redonda, Alfredo Peixoto, afirma que o principal objetivo do atendimento no CER III é garantir melhor qualidade de vida para pacientes e familiares. “Dando mais autonomia aos pacientes, melhoramos a qualidade de vida da família”, disse, acrescentando que Volta Redonda foi contemplada com o CER III e se tornou referência no tratamento de autistas e de transtornos visuais, contando inclusive com dois carros adaptados para o transporte dos pacientes mais graves, atendendo todo Médio Paraíba.
O prefeito Samuca Silva contou que o CER III, que hoje funciona no Estádio Raulino de Oliveira, vai ganhar nova sede ainda neste ano. “O Centro de Reabilitação passará a atender, ainda neste ano, no Hospital Santa Margarida. O novo espaço vai proporcionar mais conforto para pacientes e profissionais”, afirmou.