A especialização foi oferecida para 36 profissionais pela Prefeitura de Volta Redonda
Médicos, dentistas, nutricionistas e farmacêuticos da Rede Municipal de Saúde participaram, na tarde dessa quarta-feira, dia 24, da aula prática, que faz parte do encerramento do Curso de Fitoterapia para Profissionais Prescritores da Associação Brasileira de Fitoterapia (Abfit). A especialização foi oferecida para 36 profissionais pela Prefeitura de Volta Redonda. O curso faz parte do projeto da secretaria municipal de Saúde de desenvolver a fitoterapia no município e está sendo implantado junto com a Farmácia Viva que está sendo construída na Fundação Beatriz Gama e que vai dar condições do município fazer o medicamento fitoterápico para a população.
O prefeito do município, Samuca Silva, ressalta que a iniciativa visa estimular o uso de mecanismos naturais de prevenção e recuperação da saúde por meio de tecnologias eficazes e seguras. “As práticas alternativas tem como principal objetivo ampliar as opções terapêuticas ofertadas aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), a partir do acesso à plantas medicinais e fitoterápicos, com segurança, eficácia e qualidade”, disse o prefeito.
O secretário de Saúde Volta Redonda, Alfredo Peixoto, ressalta que o tratamento com as práticas integrativas, como o uso de fitoterápicos, é uma forma de cuidar bem dos nossos usuários. “Essas práticas, além de proporcionar um bem estar físico e mental dos pacientes, reduz o gasto com medicamentos, diminuindo também a procura desses pacientes por consulta médica, aumentando a resolutividade da Atenção Básica e dos outros níveis de assistência”, afirmou.
Segundo a coordenadora do setor de Práticas Integrativas Complementares da Secretaria de Saúde, Fabíola Angelita Martins, o curso vale como uma pós-graduação. “O curso, com duração de 232 horas/aula, teve início no ano passado. Ele foi realizado a distância, mas em alguns momentos teve aulas presenciais, como essa aula de enceramento com atendimento clínico”, disse a coordenadora.
Para a presidente da Associação brasileira de Fitoterapia, a nutricionista Maria Angelica Fiut, destacou que a fitoterapia é um complemento para todos os prescritores. “Dentro de cada área de atuação ela vai trazer uma especificidade. Dentro da nutrição, por exemplo, pode contribuir para um apoio no controle do peso, da ansiedade, para um plano alimentar. Dentro de uma patologia especifica pode melhorar a imunidade, ajuda no controle das queixas respiratórias, no paciente hipertenso, no controle da dor, entre outros”, disse a nutricionista.
O vice-presidente da Associação brasileira de Fitoterapia, o médico Antonio Carlos Seixlack “Eu entendo que a fitoterapia é um avanço no tratamento dos pacientes da rede publica. Muitos pacientes usam medicamentos alopáticos, às vezes com imensos efeitos colaterais, desnecessariamente. Isso ocorre principalmente nos pacientes da atenção primária. Muitos deles podem ser tratados apenas com plantas medicinais tirando o foco da doença mais séria. Acho de extrema importância que o fitoterápico seja implantado e implementado”, disse o médico.