Programa Municipal de Controle da Tuberculose, em parceria com a equipe de saúde da Cadeia Pública, farão trabalho educativo e de monitoramento da doença no próximo dia 30

 

A Secretaria de Saúde de Volta Redonda, através do Programa Municipal de Controle da Tuberculose (PMCT), em parceria com a equipe da PNAISP (Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional) que atua na Cadeia Pública Franz de Castro Holzwarth, no bairro Roma, realiza na próxima quinta-feira, dia 30, uma ação educativa e de rastreio da tuberculose na unidade prisional. A atividade contempla o projeto do Plano de Fortalecimento das Ações de Controle à Tuberculose no Estado Rio de Janeiro, e tem como proposta ampliar e potencializar as ações de combate à doença. O Governo do Estado e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) apoiam a iniciativa.

A coordenadora do PMCT, Paloma Braga, explicou que, além da Cadeia Pública, haverá atividades no Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase), no dia 12 de abril. Todas em alusão ao dia mundial contra a doença, celebrado neste 24 de março.

“Volta Redonda, entre os 92 municípios do estado, foi contemplada pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), por causa do sistema prisional. Para atuarmos nesses locais, faremos uma apresentação na biblioteca da Cadeia Pública, abordando os principais pontos da doença; como sintomas, como ocorre a transmissão e o que pode ser feito para evitá-la. Neste mesmo dia, vamos fazer a busca de pessoas que apresentam sintomas da tuberculose”, ressaltou Paloma.

“Promover educação em saúde é uma forma de cuidado. Oportunizar eventos como este é uma prática importante de promoção de saúde”, considerou a psicóloga e coordenadora do PNAISP, Rafaela Bartolini.

Prevenção desocupa leitos e economiza

O trabalho de prevenção em saúde ajuda a evitar que os detentos fiquem doentes, assim como impede que eles tenham de ser transferidos para hospitais municipais para receber tratamento. Além de manter mais leitos hospitalares vagos, a ação também evita que todos os encargos e dificuldades envolvendo a transferência de presos recaia sobre os cofres públicos. Quando há necessidade de internação, por exemplo, o preso precisa de tratamento médico e em geral também de escolta policial.

A doença

A tuberculose é uma doença causada por uma bactéria que atinge, principalmente, os pulmões, mas também pode ocorrer em outras partes do corpo, tais como ossos, rins e outros. A transmissão de uma pessoa para outra é pelo ar. Quando o doente com tuberculose no pulmão tosse, espirra ou fala, espalha bacilos no ambiente que podem ser aspirados por outras pessoas.

Para evitar a transmissão, a equipe do PMCT também faz o rastreamento entre os contatos intradomiciliares do paciente. Além disso, é orientado ao doente cobrir a boca e o nariz quando tossir ou espirrar, como também manter a casa bem ventilada, permitindo entrada de ar e sol. Compartilhar talheres, copos ou toalhas não transmite tuberculose, assim como beijos e abraços também não.

Como é feito o tratamento?

O tratamento é feito através de acompanhamento em consultas e medicamentos distribuídos pela rede pública de saúde, sem custo ao paciente. A tuberculose tem cura, desde que tratada o mais rápido possível, adequadamente e por um período mínimo de 6 (seis) meses sem interrupção. O tratamento não deve ser abandonado, mesmo com o desaparecimento dos sintomas.

Sintomas e atendimento

O sintoma mais frequente de tuberculose pulmonar no adulto é a tosse com ou sem escarro. Outros sintomas comuns são: febre (mais frequente ao anoitecer), suores noturnos, falta de apetite, emagrecimento e cansaço fácil. Em caso de suspeita da doença, a pessoa pode procurar uma unidade básica de saúde mais próxima de casa.

Foto: Arquivo - Secom/PMVR

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