Hospital São João Batista tem duas autorizações para doação de órgãos em dezembro
Unidade em Volta Redonda incentiva a doação por meio da Cihdott (Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes)
O Hospital São João Batista contabilizou duas autorizações para doações de órgãos no mês de dezembro. O incentivo à doação na unidade é de responsabilidade da Cihdott (Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes) que atua com equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, psicólogo e assistente social.
Também é função dos profissionais que compõem a comissão notificar todos os pacientes no quadro de morte encefálica atendidos pelo Hospital São João Batista. Nesses casos é possível a coleta de órgãos para doação, mediante autorização da família. Após os procedimentos, os órgãos vão para o PET (Programa Estadual de Transplante), que gerencia todo o processo no Estado do Rio de Janeiro.
No dia de Natal, 25 de dezembro, a família de um jovem de 18 anos que sofreu um acidente, resultando em morte encefálica, autorizou a doação de rins. No mesmo dia, família de um rapaz de 39 anos também em morte encefálica, também autorizou a doação do fígado.
O prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva, acredita que o incentivo à doação de órgãos e as ações de esclarecimento com as famílias passam pela necessidade de ajudar outras pessoas. “Uma vida salva muitas outras vidas. A doação de órgãos é uma questão de humanidade”, afirmou.
De acordo com a enfermeira Daniela da Silva, enfermeira da comissão, o objetivo da Cihdott é justamente eliminar as principais causas da não captação de órgãos. “A falta de esclarecimento sobre os procedimentos, o conflito de opiniões entre os familiares, a manifestação contrária à doação ainda em vida pelo paciente e a demora na liberação do corpo”.
O secretário de Saúde do município, Alfredo Peixoto, acrescentou que cada doador pode beneficiar até oito pessoas e no caso do Banco de Olhos – o Hospital São João Batista é sede do Banco de Tecido Ocular, que atende 34 municípios da região – cada doador pode beneficiar até quatro pessoas. “É importante lembrar que só no Estado do Rio de Janeiro a fila para transplante tem cerca de três mil pessoas”.
INVESTIMENTO – E logo após o Natal, o hospital é que ganhou presentes. No dia 27 de dezembro, a unidade comemorou a chegada de 45 impressoras novas para diversos setores. Os novos equipamentos visam facilidade e agilidade do trabalho.
Por Renata Borges