Pais de crianças com autismo, que participam do programa, receberam orientações sobre como lidar com a condição
O Hospital Municipal Dr. Munir Rafful (HMMR), o Hospital do Retiro, em Volta Redonda, em parceria com o UniFOA (Centro Universitário de Volta Redonda), promoveu na última semana um curso de capacitação básica em autismo para os pais de crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista), que participam do projeto “Laço Azul”.
Os pais foram orientados sobre os níveis do TEA, as ações que ajudam a eliminar comportamentos indevidos e a importância do ato de brincar com os filhos – uma prática que auxilia e estimula no desenvolvimento da criança diagnosticada com autismo. No primeiro dia, a capacitação teve a colaboração dos neuropediatras Bruno Inácio e Clarisse Fortes, além do apoio da academia Konnen. Ainda serão realizados novos cursos para os pais do projeto.
“Esse acolhimento e cuidado são muito importantes para dar suporte aos pais, e isso colabora para que essas crianças possam crescer e viver da melhor maneira possível”, afirmou a diretora-geral do hospital, Márcia Cury.
Realizado há mais de um ano no Hospital do Retiro, o projeto “Laço Azul” oferece aos pacientes atendimentos com uma equipe multidisciplinar, formada por especialistas em fonoaudiologia, educador físico, psicologia, terapia ocupacional e psicopedagogia. O “Laço Azul” atende quase 600 crianças e auxilia no desenvolvimento da comunicação e na autonomia delas.
“Estamos trabalhando cada vez mais para amparar essas crianças e seus pais com atendimento de qualidade que elas merecem, com carinho e respeito, para que não se sintam sozinhos”, destacou Márcia.
Como funciona o Laço Azul?
De acordo com a equipe que atua no “Laço Azul”, o programa ensina, na prática, como eliminar comportamentos indevidos e ajudar as crianças a se comunicarem, brincarem e interagirem. O foco é a análise do comportamento das crianças e intervenção aplicada aos ambientes comuns, como sua própria casa e escola.
Dentre as técnicas informadas no programa, estão práticas que auxiliam nos comportamentos que interferem no desenvolvimento e integração do indivíduo diagnosticado com autismo (TEA), transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), dentre outras patologias.
Alguns comportamentos como os sociais: contato visual e comunicação funcional; comportamentos acadêmicos, como pré-requisitos para leitura, escrita e matemática; atividades da vida diária, como higiene pessoal; e estereotipias que se tornam obstáculos na vida da criança, são habilidades tratadas no programa.
Serviço – Para acessar o projeto “Laço Azul”, o usuário deverá ser encaminhado exclusivamente por uma Unidade Básica de Saúde (UBS ou UBSF).
Fotos de divulgação – Secom/PMVR.