Iniciativa do Cemurf atende pacientes via SUS com uso de laser, auriculoterapia, prática de exercícios físicos e terapia comunitária
O projeto “Viva Sem Dor – cuidando da pessoa com fibromialgia” completa dois meses no próximo dia 12, com resultados positivos em Volta Redonda. Neste período, 32 pessoas diagnosticadas com a doença receberam atendimento especializado para a diminuição das dores e a promoção do bem-estar dos pacientes. Hoje, quem sofria com as dores frequentes que tiravam a disposição até mesmo para tarefas simples do dia a dia, celebra a conquista da qualidade de vida.
“Antes eu não tinha ânimo, não tinha disposição para nada. Hoje, depois que eu comecei a fazer o tratamento, me sinto muito bem, me deu mais disposição, passei a dormir melhor. Comecei a fazer os meus trabalhos diários, então para mim foi ótimo, maravilhoso”, elogiou a dona de casa Helena Costa, de 65 anos.
Quem também sentiu ganhos na rotina foi a moradora do bairro Pinto da Serra, Luci da Cunha Artur, de 73 anos. “Eu estava a ponto de sentar na cama e ficar chorando. Pensava: ‘O que eu vou fazer? Vou morrer com essas dores'. Porque antes até meu dedinho do pé doía, a 'junta' doía demais. Eu não conseguia levantar meus braços. E depois que eu comecei a fazer o acompanhamento melhorou bem mesmo”, relatou.
O “Viver sem Dor” é uma ação pioneira e ocorre por meio da Coordenação de Fisioterapia de Volta Redonda, através da equipe do Centro Municipal de Reabilitação Física (Cemurf), que funciona no Estádio da Cidadania. Nesta etapa, cada paciente passa por 10 sessões de fisioterapia e recebe atendimento com uso do ILIB (laser de baixa intensidade), auriculoterapia, prática de exercícios físicos e terapia comunitária. O tratamento conta também com o uso de cannabis medicinal, por meio de avaliação e de prescrição médica via SUS (Sistema Único de Saúde).
A coordenadora municipal de Fisioterapia, Luciana Lopes Costa, disse que a ideia do projeto é promover um tratamento sistêmico, ou seja, que atinge o corpo todo. Por isso, os pacientes recebem orientações gerais sobre a doença, que incluem alimentação adequada para evitar inflamações e quais exercícios físicos se deve praticar para prevenir os sintomas (fadiga, alteração de sono, distúrbios intestinais, depressão e ansiedade), e consequentemente as dores.
Luciana destacou que apesar da fibromialgia não ter uma causa identificada específica, é preciso trabalhar com a possibilidade de cura ou controle dos sintomas.
“Notamos que as mulheres são as mais atingidas e que os sintomas costumam ser frutos de um estresse emocional, por vezes devido à rotina tripla – de trabalho, dona de casa, mãe –, mas os homens também sofrem. Muitas vezes o paciente não sabe nem mesmo identificar a localização da dor, porque ela atinge o corpo todo. É importante que essa pessoa procure atendimento médico, seja diagnosticada e com um pedido de fisioterapia venha até a Clínica da Dor que fica no acesso azul do Estádio da Cidadania para dar entrada no pedido”, orientou.
A secretária municipal de Saúde, Maria da Conceição de Souza Rocha, destacou que Volta Redonda vem reestruturando os serviços, investindo em novas alternativas de tratamentos e garantindo um atendimento de qualidade aos pacientes do SUS. “Estamos buscando modernizar a saúde pública de Volta Redonda. Melhorar a vida de quem precisa do SUS é uma missão e não estamos medindo esforços para isso”, enfatizou Conceição.
Fotos: Divulgação/PMVR