Evento reuniu pacientes e seus familiares em tarde de jogos, brincadeiras, pintura de rosto, pipoca e algodão doce no Campo do Flamenguinho

 

Parte das 600 crianças assistidas pelo projeto “Laço Azul”, do Hospital Municipal Dr. Munir Rafful (HMMR), o Hospital do Retiro, participaram de uma festa nesta quarta-feira, 18, pelo Dia das Crianças. O evento reuniu a família dos assistidos pelo projeto, voltado para crianças diagnosticadas com TEA (Transtorno do Espectro Autista), numa tarde de brincadeiras e confraternização, na Sociedade Esportiva do Retiro, conhecida pelos moradores como Campo do Flamenguinho.

A festa teve cama elástica e piscina de bolinhas; pintura de rosto; e atividades coordenadas pela equipe de recreadores da Secretaria Municipal de Ação Comunitária (Smac), que também levou o caminhão da Brinquedolândia. Além de pipoca e algodão-doce para todos.

A psicóloga Juliana Rezende, que coordena o “Laço Azul”, explicou que esta foi uma tarde diferente para as crianças e também para a equipe que atua no projeto.

“Deixamos as crianças livres para fazerem o que quiserem, sem nenhum tipo de estimulação profissional. Foi uma tarde de diversão para elas, que puderam interagir com crianças não autistas, já que os irmãos também foram convidados. A festa se tornou ainda um momento de inclusão”, falou Juliana, lembrando que os profissionais puderam observar como as crianças do “Laço Azul” agem sem a supervisão deles.

Michele Pereira é mãe do Bernardo, de 12 anos, que é assistido pelo “Laço Azul” desde a implantação no Hospital do Retiro, há quase dois anos. “O Bernardo era uma criança antes do projeto e outra agora, muito mais comunicativo. Para ele, que ainda tem dificuldades para interagir com outras pessoas, esse evento foi muito bom. Basta olhar para ele se divertindo junto com os outros nos brinquedos”, mostrou a mãe.

A pintura de rosto foi a atração mais procurada pelas crianças, que formaram uma fila para se transformarem em borboletas ou em personagens como a Ladybug, da animação “Miraculous”. Maira de Almeida aguardava as filhas Kimberlly Vitória, de 10 anos, e Lorena, de 2 anos e 7 meses, que está no “Laço Azul” há um ano e quatro meses, enquanto pintavam os rostos.

“O diagnóstico de TEA veio para Lorena com 1 ano e 4 meses e logo tive ajuda dos profissionais do projeto. Noto que ela está muito mais comunicativa depois dos exercícios de estimulação. A próxima etapa é matricular na escola, para melhorar a socialização. Já fiz a Chamada Escolar”, comentou Maira.

A diretora-Geral do Hospital do Retiro, Márcia Cury, lembrou que o “Laço Azul”, idealizado pelo neuropediatra Bruno Inácio, foi implantado em janeiro de 2021 na unidade. O projeto oferece aos pacientes atendimentos com uma equipe formada por especialistas em fonoaudiologia, educação física, psicologia, terapia ocupacional e psicopedagogia.

“O objetivo do ‘Laço Azul’ é auxiliar no desenvolvimento da comunicação e na autonomia das crianças com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista. E é muito gratificante acompanhar o desenvolvimento e a melhora na qualidade de vida dessas crianças”, falou Márcia Cury, ressaltando que os pais também são orientados para ajudar no repertório cognitivo e social das crianças, para que eles evoluam cada vez mais.

Fotos: Geraldo Gonçalves – Secom/PMVR.

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