Equipe do RJ Transplantes captou no fim de semana órgãos de paciente com morte encefálica, após família concordar, e contou com apoio da estrutura da unidade hospitalar
O Hospital Municipal Dr. Munir Rafful (HMMR), no bairro Retiro, em Volta Redonda, promoveu a captação de fígado e córneas de um homem de 66 anos que teve morte encefálica. A cirurgia foi realizada no último fim de semana por uma equipe de cirurgiões do RJ Transplantes – programa da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) – e o doador foi um homem de 66 anos. A família concordou com a doação.
De acordo com o diretor-médico do Hospital do Retiro, Rogério Almeida, a captação durou cerca de duas horas, contando com o apoio de equipe de enfermagem e a estrutura do centro cirúrgico da unidade hospitalar. O fígado vai beneficiar um paciente que aguardava pelo transplante e as córneas vão para o Banco de Olhos, localizado no Hospital São João Batista (HSJB), para futuros transplantes.
“Com a morte encefálica constatada, esse diagnóstico é irreversível. A partir daí começa um trabalho de abordagem à família por parte da equipe do hospital, além do desafio de manter o paciente em condições de doação, o que exige equipe treinada e especializada, medicação. Com a concordância da família, a equipe do RJ Transplantes é contactada”, explicou Rogério Almeida.
Para a captação de órgãos acontecer é preciso seguir um protocolo que consiste em três etapas. A primeira é identificar o paciente com uma possível morte encefálica; a segunda, a realização de exames clínicos e complementares para a confirmação desta morte encefálica; e, por último, a abordagem familiar, buscando a conscientização sobre a doação de órgãos e tecidos. Um único doador pode ajudar até oito pessoas que aguardam por transplantes.
Investimentos
A diretora-geral do Hospital do Retiro, Márcia Cury, ressaltou a importância da doação de órgãos para salvar vidas. Segundo ela, para que procedimentos como esse aconteçam com sucesso, é necessária uma estrutura adequada. E o Hospital do Retiro tem essa estrutura, tanto em instalações quanto profissionais. A diretora destacou o trabalho que a unidade vem desenvolvendo com investimentos para melhorar e ampliar os serviços aos pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde).
“Já adquirimos novos equipamentos como aspiradores portáteis, mesas cirúrgicas, macas de alto padrão, ultrassom de última geração, bisturis eletrônicos, focos cirúrgicos, elevador elétrico para transferir pacientes. Ampliamos espaços, incluindo o número de leitos de internação clínica no prédio anexo”, lembrou Márcia Cury, citando ainda investimentos recentes:
“Também adquirimos o prédio anexo do UniFOA (Centro Universitário de Volta Redonda) – o Ambulatório UniFOA Dr. Leonardo Molica, que já abriga 60 leitos de internação clínica e passará a contar com outros setores, como novo pronto-socorro para adultos, áreas de tomografia, raio-x, laboratório e administrativo”, disse Márcia Cury.
De acordo com o projeto, o térreo do edifício vai abrigar: cinco consultórios médicos; uma sala de sutura e outra de eletrocardiograma; 12 leitos de observação clínica, quatro de sala amarela, cinco de sala vermelha, um de isolamento, três de inalação, três de reidratação, e seis leitos de medicação.
Foto de divulgação.
Secom/PMVR