Doença pode ser transmitida para o bebê pela mãe durante a gestação; por isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis no pré-natal

O cenário epidemiológico de sífilis congênita em Volta Redonda vem apresentando uma queda constante nos últimos anos. Até setembro de 2024, o município registrou apenas cinco casos no município – sendo que, em 2023, 13 casos foram confirmados. Em 2022, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) notificou 27 casos, e outros 22 em 2021.

O declínio nos dados reflete as estratégias adotadas pela Rede Municipal de Saúde, e entre as ações houve a intensificação da oferta dos testes rápidos para sífilis e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) no início do pré-natal. As gestantes são acompanhadas pela Atenção Primária nas Unidades Básica de Saúde (UBS) e de Saúde da Família (UBSF). Quando a doença é detectada, a mãe é encaminhada para a Policlínica da Mulher.

“A mãe deve ser testada pelo menos em três momentos: no primeiro trimestre de gestação, no terceiro trimestre de gestação e no momento do parto ou em casos de aborto”, explicou a coordenadora da Pediatria do Hospital São João Batista (HSJB), Thais Ferraz.

Além da testagem para sífilis, a mãe também passa por outros testes na rede pública. “Nossa equipe refaz os testes para sífilis, HIV, Hepatite B e C. Volta Redonda conta com um moderno sistema que permite o monitoramento do diagnóstico e tratamento dos casos de sífilis. Todos esses investimentos em saúde pública contribuíram para uma redução importante no número de sífilis congênita”, disse.

A médica destacou ainda outras iniciativas da rede municipal que contribuíram para a diminuição dos casos. O tratamento é feito de forma gratuita, junto seu parceiro sexual, para que não haja reinfecção da sífilis após o acompanhamento.

“Nos últimos anos, atualizamos o protocolo de manejo de sífilis adquirida e congênita, além da qualificação dos profissionais de saúde, e temos ainda reuniões mensais do grupo envolvido no enfrentamento da sífilis em Volta Redonda”, comentou a pediatra Thais Ferraz.

A secretária municipal de Saúde, Maria da Conceição de Souza Rocha, ressaltou o pré-natal adequado e de qualidade que as gestantes do município recebem na Atenção Primária e na Policlínica da Mulher nos casos de pré-natal de alto risco.

“A Unidade Básica de Saúde é a porta de entrada para todos os serviços do SUS (Sistema Único de Saúde). E nós temos um dos melhores atendimentos na Atenção Primária, que cuida da prevenção, diagnóstico e tratamento para que as doenças não se agravem, por exemplo”, disse.

Foto de arquivo – Secom/PMVR

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