Associação dos Portadores de Parkinson faz exposição ‘Superação através da Arte’ com apoio da prefeitura de Volta Redonda

Trabalhos de 7 artistas portadores da doença, mostram os talentos pessoais nas áreas de artesanato, escultura em madeira, pintura, colagem e literatura

 

A secretária municipal de Políticas para Mulheres, Idosos e Direitos Humanos, Dayse Marques Penna, junto com a presidente da Associação dos Portadores de Parkinson, Esclerose Múltipla e AVC (APPEMA), Helenice Soares, fizeram a abertura da exposição ‘Superação através da Arte’ nesta terça-feira, dia 27, na sede da secretaria, no bairro Nossa Senhora das Graças.

 

São trabalhos de artesanato, colagem, pintura, escultura na madeira, literatura, abertos ao público de segundas às sextas-feiras, das 8h às 17h, até 15 de fevereiro de 2019. Dos artistas que estão na mostra, seis compareceram ao lançamento, Hamilton Guerra, Helenice Soares, Domicio de Paula Oliveira, Marta Aparecida Duque Lopes Furtado, Gilvaine Cambraia da Silva, Jorge Gonçalves Filho. 

Segundo informou Dayse Penna, uma vez por mês o grupo vem se encontrando para reuniões na sede da Smidh, quando surgiu a oportunidade com os colaboradores de apresentar esses trabalhos artísticos como exemplo de superação para outras pessoas que enfrentam doenças semelhantes:

“Sempre estamos buscando, a partir das orientações do prefeito Samuca Silva, novas exposições temáticas, de 2 a 2 meses, nesse espaço público dentro de um processo de inclusão de pessoas com deficiências ou doenças graves, mostrando que é possível a gente superar. A superação é um caminho que deve ser trilhado para os que passam por situações de doenças, de direitos violados. É preciso que sejam contagiados com a esperança, com o incentivo, com a vontade de viver e não se sintam isolados em sociedade”, frisou Dayse Penna.    

Helenice Soares, 74 anos, presidente da APPEMA, disse que a entidade criada há 10 anos tem cerca de 30 associados, mas que mais de 200 pessoas convivem com a doença do Parkinson no município. Ela agradeceu o apoio do poder público: “A exposição neste espaço público tem o objetivo de lançar um desafio, uma nova visão sobre o Parkinson, mostrar às pessoas que têm a doença que elas podem participar junto com a gente, mostrar o quanto elas ainda são capazes. Isto aqui é muito importante para todos nós”, destacou.

O aposentado Hamilton Guedes, 71 anos, que recebeu diagnóstico confirmando a doença em 2008, apresentou 10 poemas na exposição. Ele chamou atenção para o isolamento dos que tem a doença e se escondem socialmente para que os outros não percebam as mãos tremendo, uma das características do Parkinson: “Esconder pela negação, é o caminho aberto para a depressão. Cada um tem a sua capacidade e não pode se privar de mostrar a sua arte. Somos limitados, mas não somos incapacitados”, frisou.   

Marta Aparecida Furtado, 61 anos, há 6 convivendo com o Parkinson,   produziu em dois dias caixas para guardar pequenos presentes, joias, bijuterias, remédios. Ela elogiou a oportunidade: “Eu vivia isolada e depois que descobri este grupo, a minha vida mudou totalmente. O espaço é muito bom para mostrar a nossa arte, porque a vida continua. E olha que eu não sabia fazer artesanato até pouco tempo. Uma pessoa ajuda a outra”, comparou Marta 

Afonso Gonçalves, fotos de Geraldo Gonçalves

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