Pesquisa vai identificar perfil da comunidade LGBTQIAP+ e suas necessidades para emprego, saúde, educação, moradia e segurança
A Secretaria de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos de Volta Redonda, através da Divisão de Políticas de Promoção da Diversidade de Gênero, estabeleceu metas para 2023 que incluem o retorno do projeto “Família, Local de Acolhida”, que consiste na promoção de Rodas de Conversas entre familiares e público LGBTQIAP+ e a criação do Conselho Municipal das Pessoas LGBTQIAP+. A minuta do projeto de lei para a construção do conselho está pronta e foi elaborada após Audiência Pública e Plenária com a participação dos movimentos sociais e da população.
Outro trabalho da secretaria, visa a formação dos servidores e gestores públicos do município para o atendimento adequado às pessoas LGBTQIAP+. O objetivo principal é garantir o respeito aos direitos dessa parcela da população. A prioridade para capacitação são os funcionários das secretarias municipais de Saúde, Educação, Ação Comunitária, além da Câmara de Vereadores, responsáveis pela maioria dos atendimentos ao cidadão por conta dos serviços públicos que ofertam.
Diversidade de gênero e pesquisa diagnóstica
A chefe de gabinete da SMDH, a advogada Juliana Rodrigues, ressalta que o planejamento deste ano foi amplamente discutido em equipe, a partir da realidade e necessidades da população:
“A Secretaria de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos fará uma pesquisa diagnóstica, via Divisão de Políticas de Promoção da Diversidade de Gênero, sobre o perfil da população LGBTQIAP+ residente ou que trabalha em Volta Redonda. A pesquisa será feita através de formulários virtuais e físicos aplicados nos equipamentos da assistência social, saúde, educação e outros locais públicos e privados para identificar as necessidades dessa população e implementar políticas públicas que lhes assegure o acesso a trabalho, educação, saúde, lazer, moradia e viver em segurança”, afirmou Juliana.
Ela acrescentou que os anos de 2021 e 2022 foram de muito trabalho e que as ações a serem desenvolvidas nos próximos 12 meses partem dos levantamentos e diálogos realizados junto à população e outros órgãos governamentais, traçados em consonância com o orçamento financeiro da SMDH:
“Teremos mais um ano de avanços e estamos otimistas diante dos caminhos a serem norteados pelo governo federal a partir do Ministério da Mulher, Ministério da Igualdade Racial e Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. No governo estadual, contaremos com as parcerias junto à Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, e com a recém-criada Secretaria de Estado da Mulher”, pontuou a psicóloga.