Sessenta mulheres da segunda turma de 2024 receberam o diploma dos cursos que já formou cerca de 600 mulheres desde 2021

A Prefeitura de Volta Redonda, através da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos (SMDH), formou a segunda turma de 2024 do “Mulheres Mãos à Obra”. Receberam o certificado pelos cursos na área da construção civil, cerca de 60 alunas de várias idades, a partir de 18 anos, que estudaram por quatro meses no CQP (Centro de Qualificação Profissional), no bairro Aero Clube.

Elas foram diplomadas nos cursos básicos de Bombeira Hidráulica Predial, Eletricista Predial, Pedreira de Alvenaria Predial, Pedreira de Acabamento e Revestimento de Cerâmica Predial, Pintura Predial, Solda com Eletrodo Revestido, Corte de Oxiacetilênico, além de Operadora de Esmerilhadeiras. A solenidade ocorreu na noite da última sexta-feira (13), no plenário da Câmara Municipal.

O evento contou com as participações da secretária municipal de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos, Glória Amorim; do presidente da Fevre (Fundação Educacional de Volta Redonda), Caio Teixeira; e da chefe de Gabinete da SMDH, Juliana Rodrigues; e do coordenador do CQP, professor Eiji Yamaschita. A cerimônia foi conduzida pela assessora técnica da SMDH, da pasta Políticas para Mulheres, Kátia Teobaldo, que saldou as formandas.

"Hoje celebramos a formatura dessas mulheres. Mulheres em espaços que eram tipicamente masculinos. Vocês vêm se destacando, abrindo espaços, mas principalmente mostrando que lugar de mulher é onde ela quiser. E estamos aqui para celebrar essa conquista. E olha que não estamos falando de construir prédios e sim sobre construir futuro, oportunidades, ambientes inclusivos, e de mostrar a força feminina e de inspirar outras mulheres a seguirem esse caminho", frisou Kátia.

"Mulheres empoderadas chegam ao mercado de trabalho", disse a secretária Glória Amorim, festejando a conquista do grupo desse grupo de mulheres. Ela lembrou que cerca de 600 mulheres já foram capacitadas e diplomadas nos últimos quatro anos pelo projeto “Mulheres Mãos à Obra”.

"É um fato maravilhoso para a nossa sociedade ter essas mulheres empoderadas com os cursos da construção civil. A mulher tem um papel muito importante para melhorar a sociedade. Vocês ganharam condições para ter renda própria, atender melhor as suas famílias na parte econômica. O Brasil inteiro sabe que Volta Redonda têm esses cursos para as mulheres e fica encantado porque são mulheres empoderadas e preparadas para o mercado de trabalho na construção civil, que antes era um mercado somente para os homens”, falou.

Glória Amorim seguiu, ressaltando que, com a formatura, portas foram abertas para mais oportunidades de trabalho. “As mulheres, agora capacitadas, estão competindo de igual para igual com os homens. E se precisar podem nos procurar para fazer currículos e dar orientações”, disse, agradecendo as formandas pela garra, por acreditar que terão um futuro melhor pela frente com os diplomas que mereceram ao final dos cursos.

“Agradeço ao diretor Eiji, aos professores, ao apoio do prefeito Antonio Francisco Neto, ao presidente da Fevre, Caio Teixeira, e a todos os parceiros e parceiras que nos ajudaram e contribuíram nessa caminhada para a vitória que hoje estamos comemorando", afirmou Glória.

O presidente da Fevre, Caio Teixeira, o diretor do CPQ. Eiji Yamashita, o professor José Alberto de Almeida Carvalho – que falou em nome de todos os professores – destacaram a motivação, a dedicação das alunas e a seriedade que assumiram com a frequência nas aulas práticas as e teóricas.

O professor José Alberto lembrou que existe uma demanda intensa no mercado da construção civil por essa mão de obra qualificada: "Em pouco tempo vocês estarão empregadas devido a essa procura. As empresas estão abrindo espaço para as mulheres que são profissionais dedicadas e detalhistas em fazer sempre o melhor. Além das construtoras existe a procura por serviços autônomos particulares. Boa sorte para todas”.

A formanda Fernanda Fonseca Ribeiro do curso Básico de Solda com Eletrodo Revestido foi a oradora oficial da turma:

"Cada uma de nós que entramos aqui tínhamos um sonho. Sonhávamos com uma profissão melhor, um salário melhor, com respeito e dignidade em nossas vidas profissionais. No início nem sabíamos o que era um eletrodo, e hoje somos soldadoras profissionais, prontas para o mercado. Estamos, cada uma, orgulhosas de nossas conquistas. O futuro está à nossa espera!", disse Fernanda, agradecendo ao professor Hélio dos Santos, aos demais professores e ao diretor Eiji Yamashita pela paciência, carinho e competência no ensino e formação de todas as alunas.

A soldadora Camila Gonçalves, que fez o curso de solda no primeiro semestre do ano deu um testemunho. "Terminei em julho e no mês seguinte fui contratada pela empresa. Eu estou dentro da usina da CSN trabalhando numa equipe de oito homens, sendo a única mulher. No início não acreditaram no meu potencial, mas atualmente sou elogiada pela equipe. O projeto ‘Mulheres Mãos à Obra’ é reconhecido e melhorou muito a minha vida", falou.

Juliana do Carmo Barbosa Anastácio, que fez Elétrica Predial, aconselha as mulheres que desejam conquistar uma boa profissão a fazer um dos cursos no CQP em 2025. "Os cursos são excelentes e ainda tem o apoio da prefeitura para o transporte, lanche, equipamento de proteção e uniforme. Ninguém oferece tanto como incentivo. Somente em Volta Redonda", afirmou.

Foto de divulgação – Secom/PMVR.

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