Depois de meses trabalhando no projeto, um teste com dois protótipos foi realizado e produto foi aprovado por uma deficiente visual
Uma bengala inteligente, é esse o projeto desenvolvido por alunos do último ano do Ensino Fundamental do Colégio João XXIII, unidade da Fevre (Fundação Educacional de Volta Redonda), no Retiro. Estudantes de Robótica participam da iniciativa, uma parceria entre a Fevre e a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPD), para criar bengalas inteligentes para os deficientes visuais assistidos pela SMPD.
Dois protótipos já saíram do papel, foram apresentados e testados por uma aluna com deficiência visual. Taís avaliou as bengalas, testou os protótipos e apontou melhorias que podem ser feitas pelos alunos para facilitar a utilização.
A Bengala Inteligente se propõe a auxiliar às pessoas com deficiência através de sinais sonoros, quando se aproxima de um obstáculo. E ainda conta com o recurso de vibrar quando está próxima demais de algo que esteja atrapalhando o percurso. Assim que não houver mais obstrução no caminho, a vibração para. A bengala é fácil de transportar, tem botões de toque e vai utilizar bateria recarregável.
O presidente da Fevre, Caio Teixeira, avaliou a iniciativa como fundamental e destacou o papel dos estudantes neste projeto. “É uma enorme satisfação a gente poder apoiar um projeto desse, que ajuda as pessoas com deficiência e, principalmente, ver que isso está sendo feito por alunos. Estamos ajudando e educando no mesmo projeto”, afirmou Caio.
A secretária da Pessoa com Deficiência, Eliete Vasques, também elogiou o projeto. “É com grande entusiasmo e orgulho que comento sobre o extraordinário projeto desenvolvido por alunos da Fevre, que se dedicaram à criação de uma bengala automatizada para deficientes visuais. Ao utilizar a robótica para melhorar a mobilidade e a independência de pessoas com deficiência, este projeto reforça a ideia de que a tecnologia pode e deve ser uma aliada na superação de barreiras físicas e sociais”, frisou Eliete.
Professor de Robótica e mentor dos alunos na ideia da Bengala Inteligente, Frederico Pitasse, destacou a questão social da iniciativa. “Aqui, a gente trabalha muito com competição, mas sempre nos preocupamos também com o social. E a partir das ideias dos alunos, juntamente com a secretaria, nós desenvolvemos a bengala inteligente, que é o nosso protótipo, onde a gente vem trabalhando para ajudar de uma forma geral a população”, ressaltou Frederico.
Aluno do projeto de robótica e membro da equipe que está desenvolvendo a Bengala Inteligente, Luiz Filipe Pires, contou como é participar da iniciativa. “É bem mais gratificante do que participar de uma competição, em um campeonato você ganha no máximo uma medalha, neste projeto nós mudamos a vida de muitas pessoas”, salientou.
Fotos de divulgação.
Secom/PMVR