Serviços desenvolvem autonomia, saúde e bem-estar e presta assistência psicológica, social e jurídica gratuitamente
Em Volta Redonda, a Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos – a SMDH – oferece um amplo serviço de atendimento para mulheres em situação de violência doméstica e familiar.
Considerando a importância de integrar as ações e os compromissos inerentes à Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, a secretaria é dividida por departamentos para que o atendimento seja sempre o mais especializado e direcionado ao público em questão. Em 2021, os serviços foram retomados e ampliados, sobretudo com a necessidade de apoio durante a pandemia.
Um dos principais aparelhos de amparo é o CEAM - (Centro Especializado de Atendimento à Mulher), que tem a finalidade de acolher, atender, orientar e acompanhar a mulher vítima de qualquer tipo de violência. No mês de novembro, o serviço ganhou um reforço: a secretaria passou a disponibilizar um novo número de telefone com ligações gratuitas. No 0800-022-9090 as ligações podem ser feitas inclusive de aparelho celular. Essa é mais uma forma de encorajar e facilitar o acesso da mulher que busca orientações e acolhimento.
Outros serviços se juntam ao CEAM e à Secretaria nesta rede de proteção à mulher. Como a Casa Abrigo Deiva Ramphini Rebello, Patrulha Maria da Penha e o Juizado da Violência Doméstica e Familiar.
Saúde e bem-estar
O atendimento da Secretaria vai muito além da proteção em casos de violência. A saúde, bem-estar e respeito são pauta frequente de debates e na criação de políticas públicas afirmativas que possam garantir dignidade e ampliar as possibilidade de protagonismo e autonomia. No mês de novembro, por exemplo, foi realizada a Jornada Municipal afro-indígena: resistência e retomada cultural na sede do Memorial Zumbi. O evento teve como ponto de partida as celebrações do Mês da Consciência Negra e do Dia da Cultura. Foram realizadas exposições e apresentações artísticas, oficinas, exibições de filmes/documentários e palestras.
Outra parceria importante realizada foi com a Secretaria Municipal de Saúde que capacitou cerca de 50 servidores durante o ciclo de formação sobre diversidade de gênero e orientação sexual. A atividade foi realizada em outubro no auditório do Centro Universitário Geraldo Di Biasi (UGB). A capacitação buscou desenvolver a compreensão e reflexão dos profissionais sobre a diversidade da sexualidade humana e suas implicações na saúde, qualificando o atendimento às pessoas LGBTQIA+. A demanda surgiu por meio de relatos ao Centro de Cidadania LGBT, que funciona na sede da SMDH, em parceria com o Governo do Estado, por meio do programa Rio Sem LGBTIfobia.
“São pessoas que não acessam os serviços da saúde por não sentirem-se reconhecidas e respeitadas em suas especificidades. Outros por não se sentirem seguros. Por isso a importância de passar as orientações sobre a importância de se realizar um atendimento humanizado, sem discriminação e com a compreensão sobre os conceitos da sexualidade humana”, destacou a secretária da pasta, Glória Amorim.
Mais trabalho, mais autonomia
O Departamento de Política para Mulher retomou também este ano o “Mulheres Mãos à Obra”. O projeto é uma parceria entre SMDH, FEVRE e SMAC e visa, por meio da capacitação profissional, promover acesso à formação para serem inseridas no mercado da Construção Civil. A iniciativa garantiu a qualificação técnica e profissional de forma a contribuir com a sua autonomia financeira, reduzindo a desigualdade de gênero. A formatura aconteceu em dezembro. Algumas alunas já conseguiram a primeira oportunidade numa parceria com a empresa que fará a reforma da unidade de saúde do bairro Santa Cruz prevista para começar nos próximos dias.
Planos para o futuro
Para o próximo ano o Departamento de Direitos Humanos vai iniciar o serviço de escuta das mulheres cis e trans que têm familiares no sistema prisional, com o foco na construção e resgate da cidadania e dos direitos humanos. Essa é uma ação coordenada pela SMDH, em parceria com a Secretaria Municipal Ação Comunitária (SMAC), Fórum Justiça, DPE/Tutela Coletiva, diocese de Barra do Piraí/Volta Redonda/Pastoral Carcerária, Universidade Federal Fluminense (UFF) e a ONG Criola.
Foto: Cris Oliveira- Secom