Rede Municipal de Saúde ainda conta com mais alas hospitalares para serem destinadas ao tratamento do coronavírus, caso seja necessário
Adotando uma estratégia de acompanhamento ao crescente número de infectados pela variante Ômicron, a Prefeitura de Volta Redonda reabriu 10 leitos no Hospital Dr. Munir Rafful (HMMR), o Hospital do Retiro, para atender pacientes com Covid-19. Esses leitos haviam sido revertidos para o tratamento de outras doenças quando houve uma baixa no atendimento por coronavírus. No entanto, sempre estiveram à disposição da Rede Municipal de Saúde para um possível agravamento da pandemia.
Além disso, o Hospital do Retiro conta com mais 10 leitos de “reserva” e a prefeitura já fez contato com o Estado para que o Hospital Regional Drª Zilda Arns possa abrir mais vagas para Covid. Em outra ação em parceria com o governo estadual, a prefeitura pede a reativação de contrato com a rede privada local, para que leitos sejam cedidos a pessoas assistidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
De acordo com a diretora geral do Hospital do Retiro, Márcia Cury, o município tem acompanhado o aumento da demanda de pacientes para internação por Covid-19. Principalmente pessoas não vacinadas ou com o esquema de vacinação incompleto.
“Como no ano passado, conseguimos estruturar mais leitos para Covid. Estamos abrindo mais 10 leitos clínicos para poder receber pacientes. O número de infectados está crescendo e estamos preparados. Apesar desta crescente, os casos estão sendo de menor gravidade do que já foram, mas a população tem que entender a importância dos cuidados se manterem porque a pandemia ainda não acabou”, ressaltou Márcia Cury.
O coordenador municipal de Vigilância em Saúde, Carlos Vasconcellos, ressaltou que Volta Redonda possui a capacidade da abertura de mais leitos, conforme o andamento do número de casos graves e a demanda na rede de emergência.
“Temos feito gestão junto ao Hospital Regional Drª Zilda Arns, que atende pacientes não só de Volta Redonda como de todo o Médio Paraíba, para ampliação contínua de leitos, o que tem sido feito, e também em contato com a rede privada de hospitais. Mantemos o nosso cuidado, o acompanhamento para que todos possam ser atendidos. Mas é fundamental que pessoas que não tenham tomado reforço, o façam; teremos vacinas disponíveis nas unidades de saúde, inclusive aos finais de semana”, disse Vasconcellos, frisando que a população deve optar por máscaras de boa qualidade, de preferência: N95, KN95 ou PFF2.
Capacidade de atendimento
Em menos de um ano, em 2021, 30 leitos de alta complexidade foram construídos para receber pacientes Covid-19 em uma área anexa ao Hospital do Retiro. Esses locais foram equipados com respiradores, ventiladores pulmonares e monitores de sinais vitais com capnografia - aparelho que controla a concentração de gases respiratórios durante terapia intensiva. Anteriormente, o governo passado investiu no aluguel de leitos, o que se mostrou ineficaz no combate à Covid. Os hospitais alugados deixaram a cidade e a pandemia não acabou.
Foto: Geraldo Gonçalves/Secom PMVR