Familiares do doador, de 39 anos, autorizaram procedimento, que ajudará pelo menos três pessoas

O Hospital São João Batista (HSJB) realizou nesta quarta-feira, dia 09, a segunda captação de órgãos e tecidos para transplantes deste ano. O doador foi um homem, de 39 anos, que teve morte encefálica confirmada após um período internado no HSJB. A autorização para a doação foi dada pela família.

Segundo a enfermeira exclusiva da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do HSJB, Daniela da Silva, foi possível fazer a captação dos dois rins e fígado por cirurgiões do Programa Estadual de Transplantes (PET).

A cirurgia de captação durou cerca de quatro horas e vai beneficiar três pessoas que estão na fila única de espera em todo o estado do Rio de Janeiro. A inscrição na fila de espera é feita a partir de equipes de referencia credenciadas pelo Ministério da Saúde, via Sistema Nacional de Transplantes.

“Três pessoas diferentes receberão os órgãos, fígados e os dois rins. Sabemos que é muito difícil perder um ente querido, mas a generosidade de muitas famílias logo após a perda faz total diferença na vida de muitas pessoas que aguardam pelo transplante”, comentou.

O incentivo à doação de órgãos e tecidos no HSJB é de responsabilidade da CIHDOTT, que atua com uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeira, psicólogos e assistentes social. São eles que fazem a abordagem à família para obter autorização para a doação. A captação só é possível com o aval dos familiares – com parentesco até segundo grau (mãe, pai, cônjuge, filhos).

A enfermeira Daniela da Silva mencionou que diante de um caso de morte encefálica, documentada por dois médicos distintos após exames por imagem – eletro ou doppler. Os profissionais da CIHDOTT informam à família que pode ser realizada a doação de órgãos. Quando o consentimento familiar é obtido, os coordenadores comunicam a Central Estadual de Transplantes.

“A pandemia da Covid-19 causou um impacto gerando uma redução no número de doadores e consequentemente de transplantes, mas gradualmente estamos retomando as captações”, comentou.

 

Foto: Cris Oliveira- Secom/PMVR

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