Durante esse tempo, 36 famílias fizeram a formação para participar do serviço, e 31 crianças e adolescentes foram assistidos


O Serviço de Acolhimento Familiar da Secretaria Municipal de Ação Comunitária (SMAC), o Família Acolhedora, completou 10 anos de funcionamento no município. E como serviço de política pública, tem oportunizado a diversas crianças e adolescentes, afastados do convívio familiar e que tiveram seus direitos violados, a convivência em famílias acolhedoras.

Durante esse tempo, 36 famílias acolhedoras fizeram a formação para participar do serviço, e 31 crianças e adolescentes foram assistidos. Atualmente, são seis famílias aptas para o acolhimento. O secretário municipal de Ação Comunitária, Munir Francisco, ressaltou que esse serviço é um dos mais importantes da SMAC.

“Essas famílias mudam a vida das crianças e adolescentes que estão em vulnerabilidade e risco, através desse acolhimento. O Família Acolhedora contribui para que crianças e adolescentes, em condições de risco social, se desenvolvam num ambiente familiar, humanizado e com atenção individualizada”, explica Munir.

A coordenadora do Serviço de Acolhimento Familiar, a psicóloga Ana Claudia, explica que o Família Acolhedora apresenta significativa importância, pois as crianças e adolescentes têm a oportunidade de uma convivência em ambiente que favorece o seu desenvolvimento psicossocial, além do aprimoramento da autoestima durante o período de acolhimento.

“Essa modalidade de acolhimento contribui não só para mostrar à criança e ao adolescente as diferentes possibilidades de convivência, como amplia suas relações de vínculo afetivo. São novos amigos que estão chegando e agregando referências positivas na vida delas”, disse a coordenadora.

O acolhimento familiar tem exponencialmente demonstrado em todo o território brasileiro, que proporciona significativos avanços no processo de desenvolvimento psico afetivo da criança e do adolescente, no que diz respeito às aquisições de aprendizagem, desenvoltura e boa autoestima. Isto ocorre devido à condição de singularidade em que a criança é vista. Ela é cuidada e protegida em um ambiente familiar e vista em sua individualidade.

Sobre o serviço

O Acolhimento Familiar foi implantado em Volta Redonda em 2012, durante o terceiro mandato do prefeito Antonio Francisco Neto. Inicialmente, o equipamento estava vinculado à Fundação Beatriz Gama (FBG), passando à gestão da Secretaria Municipal de Ação Comunitária em 2015. A mudança ocorreu pelo serviço ser política pública, prevista na Política Nacional de Assistência Social do Governo Federal, e por fazer parte do rol de serviços da alta complexidade do Departamento de Proteção Social Especial da secretaria.

O serviço consiste em uma ação que visa organizar o acolhimento de crianças e adolescentes afastados da família biológica por medidas de proteção. As famílias acolhedoras compreendem a condição de cuidado às crianças e adolescentes, que se diferencia de adoção e se constituem como parceiras do sistema de atendimento, auxiliando na preparação da criança e do adolescente para o retorno à família biológica, extensa ou para a adoção.

No tempo de acolhimento, as famílias recebem um subsídio financeiro municipal de um salário mínimo, do Fundo Municipal de Assistência, que deve ser usado exclusivamente nas despesas dos acolhidos.

Inscrições

O Serviço de Acolhimento Familiar recebe inscrições de voluntários através do site da prefeitura (www.voltaredonda.rj.gov.br) ou pelos telefones 3339-9565 ou 981430113.

O candidato precisa residir em Volta Redonda; ser maior de 25 anos; ter disponibilidade para participar do processo de formação e das atividades do serviço; não estar habilitado no cadastro de adoção e possuir renda familiar.

“Para ser Família Acolhedora, é necessário estar de coração aberto e disponível para cuidar da criança e do adolescente. Além de ter motivação para a função, como se importar e ter prontidão para cuidar da criança e adolescente, oferecendo o seu afeto e a sua dedicação. Faça parte desta grande rede de solidariedade e seja ponte na vida de uma criança e de um adolescente”, concluiu a coordenadora Ana Claudia.

 

Foto: Divulgação- Secom/PMVR

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