Informação foi passada a veterinários durante palestra realizada no Conselho Regional de Medicina Veterinária
A coordenadora da Vigilância Ambiental de Volta Redonda e responsável pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Janaína Soledad, participou como convidada, nesta semana, de uma palestra sobre esporotricose, doença provocada por fungo que afeta humanos e animais, como cães e gatos, e que tem tratamento. Durante o evento, idealizado pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) e realizado na Universidade Federal Fluminense (UFF), Janaína explicou sobre as formas de diagnóstico, transmissão e tratamento da enfermidade e dos serviços disponibilizados pelo município. A palestra contou com a presença de veterinários que atuam na rede de saúde de Volta Redonda.
De acordo com Janaína, poucos veterinários particulares ainda não notificam os casos de esporotricose, o que é importante para o controle da doença. Segundo ela, é preciso que esses profissionais orientem os tutores dos animais de que a doença tem tratamento.
“A esporotricose é uma doença que tem tratamento e damos o apoio necessário aos tutores. Nesses casos, basta o tutor entrar em contato com o CCZ, através do número 3339-4555, para agendar o exame, que é realizado no próprio Centro de Controle de Zoonoses. Damos também todo o direcionamento que deverá ser feito com o animal com suspeita da doença”, disse Janaína, ressaltando que em caso de óbito de animal com diagnóstico da doença, é importante o tutor entrar em contato com o CCZ para que seja feita a destinação correta.
“O animal não pode ser enterrado, pois o fungo vive na terra”, completou a coordenadora da Vigilância Ambiental de Volta Redonda.
A doença
A esporotricose é uma doença caracterizada por lesões na pele, causada por um fungo (Sporothrix schenckii). Vários animais, inclusive o homem, podem contraí-la. Este fungo é encontrado na natureza, e pode-se adquirir a doença por ferimentos com vegetais, contato com a terra e arranhadura ou mordedura de gatos que tenham a doença.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito por meio do reconhecimento da lesão por um médico, no caso da doença humana, ou um médico veterinário, em animais, e confirmado laboratorialmente pela identificação do fungo no material colhido na lesão.
A coordenadora da Vigilância Ambiental de Volta Redonda disse que o exame é indolor e é feito com uma lâmina que encosta na ferida do animal, por isso é necessário que ele tenha feridas e a suspeita clínica da doença. O município fornece receituário dos medicamentos que ficam a cargo do tutor e faz todo o acompanhamento do tratamento do animal.
Notificações de casos suspeitos
Casos suspeitos ou confirmados de esporotricose precisam ser notificados à Secretaria Municipal de Saúde, via Centro de Controle de Zoonoses, pelo telefone: (24) 3339-4555 ou por e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Essa notificação é importante para que a Secretaria Municipal de Saúde possa ter conhecimento sobre as áreas com maior risco para a ocorrência de casos humanos e animais, visando à adoção de medidas de controle pertinentes. Tanto o profissional médico veterinário atuante no atendimento clínico, quanto o responsável pelo animal podem efetuar a notificação da doença suspeita ou confirmada.
Foto: Divulgação/PMVR