Coordenadoria de Bem-Estar Animal mantém fiscalizações no combate aos maus-tratos e promove ações de adoção

A Coordenadoria de Proteção e Bem-Estar Animal, órgão vinculado à Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), já auxiliou em 385 castrações em Volta Redonda. O setor, através de eventos, também contribuiu com a adoção de 115 animais, entre cães e gatos, este ano. Além disso, a Coordenadoria mantém fiscalizações no combate aos maus-tratos a animais.

As castrações de cães e gatos vêm ocorrendo por meio do programa “Cidadania Animal”. Através de uma parceria com o projeto do governo do Estado do Rio de Janeiro, “RJ Pet”, a Coordenadoria de Proteção e Bem-Estar Animal realiza o transporte para o Cirac (Centro Integrado de Recolhimento, Assistência e Controle de Animais), em Porto Real, onde acontecem as cirurgias. O programa está em nova licitação para ser retomado.

Entre os benefícios aos animais estão: a diminuição da superpopulação, o que acaba promovendo casos de maus-tratos e abandonos; e a redução de doenças ligadas ao aparelho reprodutor do animal. Nos machos, há uma redução da agressividade e de comportamentos territorialistas. Já no caso dos gatos, é uma forma de prevenção a problemas contraídos nas ruas, como por exemplo, a esporotricose (doença que provoca ferimentos e úlceras nas peles e mucosas), que pode ser transmitida aos serem humanos.

“A pandemia aumentou o abandono de animais, multiplicando o número de cães e gatos nas ruas. Por isso, a necessidade da castração que além de reduzir o índice de natalidade, ainda garante outros benefícios na prevenção de doenças, como o câncer de mama, por exemplo, entre outras enfermidades”, disse a coordenadora de Proteção e Bem-Estar Animal, Ana Andrade.

Ainda de acordo com Ana, para combater o abandono de animais, o setor promove espaços de adoções mensais. Essas ações contam com o apoio de protetores de animais independentes e do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). Os cães e gatos que participaram dessas campanhas costumam ser provenientes de acumuladores de animais acompanhados pela SMMA, apreendidos ou vítimas de maus-tratos.

Segundo Ana, para realizar as fiscalizações de combate aos maus-tratos, a Coordenadoria conta com o apoio de ONGs (Organizações Não Governamentais), protetores de animais independentes e também de moradores. As guardas Municipal e Ambiental atuam em conjunto nas incursões.

“Ao todo, tivemos até o momento 161 fiscalizações feitas e encerradas. Essas são ações que realizamos vistorias na casa da pessoa e, em caso de irregularidade, damos um prazo para que ela se adeque. Nem sempre se configura numa situação de maus-tratos. Tivemos cinco multas. Essas irregularidades nós confirmamos (como maus-tratos), entre eles o homem que abandonou os animais na Rodovia do Contorno - flagrado por câmeras - e da senhora que foi presa em flagrante, que além de multa, está respondendo criminalmente pelo fato”, comentou Ana Andrade, informando que o que tem sido mais comum durante as fiscalizações é encontrar os animais acorrentados ou presos a cordas.

“As pessoas ainda não entenderam que é crime. Nesses casos buscamos uma solução para que o animal não fique preso”, completou.

A multa por maus-tratos é de R$ 3.045,56 por animal, com aumento para agravantes, como é o caso de sumiço/abandono do animal que passa a ser de R$ 3.915,72, ou morte em decorrência dos maus-tratos sofridos, que a multa é aplicada em triplo, no valor de R$ 11.747,16.

 

Foto: Arquivo Cris Oliveira- Secom/PMVR 

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