Pessoas entre 18 e 35 anos podem procurar a Unidade Aterrado da AAP-VR; meta é atingir pelo menos dois mil novos doadores cadastrados
Quando pensamos em doação de órgãos, a primeira coisa que vem à cabeça da maioria das pessoas é que isso acontece somente após a morte. Mas existem muitas situações em que podemos ajudar o próximo ainda em vida – a doação de um dos rins, por exemplo. Outra forma é se oferecer como doador de medula óssea, e o cadastro de novos interessados para esse ato que pode ajudar tantas pessoas acontece em Volta Redonda na próxima sexta-feira (8) e sábado (9), das 9h às 17h, na Unidade Aterrado da AAP-VR (Associação dos Aposentados e Pensionistas de Volta Redonda), localizada na Rua 535, número 835.
A iniciativa é realizada em parceria pelo grupo Doando Amor com a Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e a AAP-VR, com o apoio da Prefeitura de Volta Redonda – por meio da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) – e da Flamedula. Para se cadastrar como doador, a pessoa precisa ter entre 18 e 35 anos; estar em bom estado de saúde; não ter doenças infecciosas ou incapacitantes; não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico; e levar carteira de identidade e (se tiver) o Cartão Nacional de Saúde (CNS), do SUS (Sistema Único de Saúde). Vale destacar que algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisadas caso a caso.
A coordenadora do Grupo Doando Amor, Emília de Fátima Machado Ribeiro Pereira, conta que a meta para este ano é atingir, pelo menos, os números de 2023, quando mais de duas mil pessoas se cadastraram como doadoras. Segundo ela, após o cadastro a pessoa pode ser doadora de medula óssea até os 60 anos de idade.
Ela explica, ainda, como se dá o processo de cadastro.
“Além dos dados pessoais, nós colhemos 4ml (mililitros) de sangue, que são enviados para o Registro de Doadores de Medula (Redome). Havendo compatibilidade com quem precisa da doação, a pessoa é contatada; serão feitos, então, exames adicionais, e, estando tudo bem, colhe-se um pouquinho do líquido que temos entre os ossos, no encaixe do osso da bacia. Todo o procedimento é feito sob anestesia.”
Emília acrescenta que, 18 meses após a doação, receptor e doador podem se conhecer. “A importância de termos o maior número de pessoas dispostas a doar medula óssea é enorme, porque é muito difícil encontrar compatibilidade. E é um ato de amor; é um pouquinho da pessoa que Deus repõe e que pode salvar uma vida, toda uma família com o coração desesperado”, pontuou.
Foto divulgação
Secom/PMVR