Trabalho de tratamento e soltura de animais é feito com auxilio de órgãos ambientais

O Zoológico Municipal de Volta Redonda (Zoo-VR) recebeu dois filhotes de Quati, provavelmente da mesma ninhada, que foram resgatados na semana passada em Barra Mansa. Segundo os técnicos do Zoo, os animais estão com poucos meses de vida. A dupla foi incluída no Programa de Reabilitação, que oferece cuidados e treinamento para que os animais regatados possam ser devolvidos à natureza. Nesse programa, por exemplo, os Quatis estão recebendo alimentos nativos (encontrados na área onde serão soltos) para suprir suas necessidades.

De acordo com o coordenador do zoológico, Jadiel Teixeira, os Quatis não vão para a exposição. “A ideia é que eles voltem para natureza. Sendo filhotes, é possível ter essa oportunidade. O zoológico então prepara esses animais, reduzindo ao máximo o contato com seres humanos para não vincular qualquer sentimento positivo entre eles, evitando laços afetivos”, explicou o coordenador.

Ainda segundo Jadiel, no Zoológico Municipal o trabalho de soltura dos animais é realizado com auxílio de órgãos ambientais, como o Inea (Instituto Estadual do Ambiente) e Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). A parceria conta também com ONGs, que já fazem o trabalho autorizado por esses órgãos, como o Instituto Vida Livre.

Para serem devolvidos à natureza, os animais devem crescer um pouco mais, até perderem a necessidade de um cuidado parental. Tão logo aprendam a se alimentar sozinhos, vão entrar em nova fase de adaptação. No entanto, vale ressaltar que esses prazos dependem das características de cada indivíduo.

“São locais que já existem a espécie, onde a população ainda não é muito grande e, portanto, tem espaço para esses animais”, disse Jadiel.

Quati
O Quati é um mamífero onívoro (se alimenta de frutas, insetos, pequenos animais e algumas plantas), de grande importância na dispersão de sementes e na recuperação de áreas florestais.

De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o animal é uma espécie já classificada como vulnerável, devido à diminuição do seu espaço natural de habitat. Eles vivem em bandos, formados por fêmeas e filhotes. Os machos do bando quando atingem dois anos de idade tem que sair do grupo.

Foto: Cris Oliveira/Secom PMVR

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